segunda-feira, 23 de março de 2015

Resenha: Garota Exemplar

(Três semanas depois de eu terminar esse livro...)


Nome da autora: Gillian Flynn
Nome original da obra: Gone Girl
Volumes: Único
Número de páginas: 448
Nota que eu dou: 4 (de 5) estrelas.
Recomendo para: Pessoas que gostam de narradores não-confiáveis, de livros com histórias perturbadoras e de personagens com psico/sociopatia. 

Sinopse: Na manhã de seu quinto aniversário de casamento, Amy, a linda e inteligente esposa de Nick Dunne, desaparece de sua casa às margens do Rio Mississippi. Aparentemente trata-se de um crime violento, e passagens do diário de Amy revelam uma garota perfeccionista que seria capaz de levar qualquer um ao limite. Pressionado pela polícia e pela opinião pública e também pelos ferozmente amorosos pais de Amy, Nick desfia uma série interminável de mentiras, meias verdades e comportamentos inapropriados. Sim, ele parece estranhamente evasivo, e sem dúvida amargo, mas seria um assassino?

Nick e Amy são duas pessoas odiosas, mas por motivos diferentes. Ele é um babaca mentiroso. Do início ao fim, tudo que ele consegue dizer para os leitores é "sou um mané". Amy, on the other hand, é inteligente e perigosa ao extremo. Uma daquelas personagens que você quer ter antipatia para sempre, mas não consegue porque ela é genial (e geniosa) demais.

Já os pais dela, que são tão babacas quanto o Nick, não veem o monstro por trás de "amy exemplar". Ao invés de criarem a Amy, eles criaram a "amy". Na imaginação deles, possuíam a filha perfeita porque eles escreveram a filha perfeita. Tenho que dizer que são os psicólogos mais sem noção da realidade que já vi na vida. Dito isso, tenho que dizer que há um contraste perfeito onde os pais de Amy são supostas "alma gêmeas" e os pais de Nick são duas pessoas que simbolizam o abuso e o desrespeito dentro do matrimônio.

Mas saindo dos personagens e indo para o enredo, vi muitas pessoas falando que o livro e o filme foram surpreendentes, e eu preciso dar a mão à palmatória de que o jeito de contar a história foi inovador. O fato dela o ter dividido em três partes tornou o livro cansativo em alguns pontos, mas acredito que tenha sido proposital, como se para acompanhar as partes de uma investigação real. O jeito de descrever os personagens foi bem consistente e posso dizer que Gillian fez um bom trabalho descrevendo as situações também.

No todo, achei o livro melhor do que eu esperava (tirando pelo final, que na minha cabeça devia ter ocorrido de outro jeito) e achei o filme uma grande bostinha. Assisti uns 15 minutos e parei porque achei o diálogo uma droga. A sensação que eu tive foi que ela tentou simplificar demais os personagens e passou a ignorar o livro, criando uma "Amy" e um "Nick" específicos para o cinema. Talvez ela realmente tenha achado melhor desse jeito, mas eu não curti muito. O que importa é que fez sucesso e que pessoas vão assistir o filme e se interessar pela história e isso vai levá-los - assim espero, pelo menos - a querer ler o livro.

Até a próxima, my people.

Jess.

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