Queridos leitores,
estou de volta para falar de nada mais, nada menos do que do livro Love, Rosie! Pra quem não sabe, fiz uma
resenha do filme (clique aqui), e até mencionei que quase comprei o livro,
porém a fila da livraria estava enorme naquele dia, então desisti. Voltei
alguns dias depois e olha, Deus sabe o que faz: a versão original do livro (ou seja,
em inglês) estava em promoção e não tinha fila dessa vez, então botei na minha
cabeça que aquilo era um sinal e trouxe um dos exemplares pra casa.
Comecei a ler na praça
de alimentação do shopping, enquanto esperava meu lanche ficar pronto, e eu
simplesmente comecei a rir sozinha no meio de um monte de estranhos, ainda no
início do livro. A escrita da Cecelia Ahern é muito leve neste livro: são
usados os formatos de carta, e-mail, mensagens de texto e algo como MSN
(saudades do MSN, inclusive. Tempos que não voltam mais), além de fazer uso
também de cartas formais como de admissão e demissão em empresas, bilhetes da
professora, etc. O que não temos nesse livro – e eu achei fundamental para
tornar toda a coisa mais dinâmica – é a predominância da primeira ou da
terceira pessoa numa daquelas narrações cheias de parágrafos e travessões e
diversas falas e mais parágrafos. Não há uma narração do tipo. Só temos esse
recurso com cartas, e-mails, mensagens de texto, MSN etc. Conseguimos ter o
ponto de vista de cada personagem da história a cada coisa que eles escrevem
uns pros outros. É possível se botar no lugar de cada um deles, de sentir seus
anseios, medos, felicidades e tudo mais.
Foi incrível como eu
consegui mergulhar de cabeça na vida de cada um dos personagens, mas
principalmente na vida de Rosie Dunne, personagem principal. Em certos
momentos, cheguei a uma profundidade de sentimentos bem inesperada, pois
trata-se de um livro aparentemente bem raso. Mas não é, de forma alguma. Pelo
contrário. Me fez parar e perceber mais coisas à minha volta. Coisas para as
quais não damos importância às vezes, mas são fundamentais. Me fez refletir
sobre o tempo que temos, e como é ruim deixar que este simplesmente escorregue
pelas nossas mãos enquanto simplesmente não fazemos nada para que cada minuto
valha a pena.
Rosie Dunne viveu. Ela teve a opção de simplesmente
existir, mas ela viveu. Ela viu seu
sonho escapulir pelos dedos, passou por momentos difíceis, se recuperou, se
superou, seguiu a vida; então levou outra porrada – e se reergueu de novo. Dia
após dia, Rosie Dunne fez questão de não desperdiçar suas chances de ser feliz.
Mesmo quando estava abaixo do fundo do poço, ela escalou pedra por pedra, até
chegar à superfície novamente. Bravo,
Rosie Dunne! Obrigada por essa lição de vida inesquecível.
Oii
ResponderExcluirAi eu ainda não pude ler nem assistir, mas já separei aqui.
Acho bacana o enredo mostrar as transformações da personagem, os caminhos guiando para erros e acertos...
Lendo eu teria nostalgia do MSN, ai que saudades.
bjs e tenha uma deliciosa semana
Nana - Obsession Valley